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"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres". Rosa Luxemburgo...

DIA INTERNACIONAL DA MULHER ... VAMOS À LUTA!

07/03/2015 às 17h55

 
Em alusão ao Dia internacinal da Mulher o Conselho Regional de Serviço Social - CRESS/AL, gestão: EM TEMPOS DE LUTA: RESISTIR E AVANÇAR EM DEFESA DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO PROFISSIONAL socializa três textos que tecem reflexões sobre a luta da mulher em um cotidiano machista, conservador e fundamentalista. É importante nesse momento buscarmos de forma coletiva a ampliação da luta e efetivação dos direitos das mulheres. Lugar de Mulher é na LUTA!
 
Abaixo segue os textos para refletirmos:
 
 
É urgente romper com as rotinas cotidianas da dominação masculina...
 
Apesar se saber que a cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de violência, ainda me sinto chocada com tamanha barbárie acontecida em Goiânia em que um homem matou em série mulheres, homossexuais e moradores de rua o que revela em carne viva do arquétipo viril -o poder do macho ainda presente em nossa sociedade que se moderniza mantendo o que há de mais conservador acerca dos valores e da "moral", uma moral burguesa e patriarcal!

Vivenciamos uma violência doce e quase invisível nos chamados "lares", contudo, para as mulheres essa violência tem um sabor amargo e visível em seus olhos, em seus corpos e em suas almas tão mascaradas por essa lógica de dominação masculina, deste arquétipo viril que se expressa através da violência, dominação, superioridade e de um poder sem limites dos homens sobre os corpos e mentes das mulheres. Esta dominação história é produto de um intenso trabalho de produção e reprodução pelos homens através da violência física, sexual e simbólica como também através dos aparelhos ideológicos do Estado com suas instituições como a família, as religiões, a escola, a mídia, os partidos políticos etc.

Não é possível mais aceitar a legitimação das relações de dominação, inscrevendo-as em uma natureza biológica, porque esse biológico deve expressar apenas as diferenças sexuais e não reproduzir as desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais na qual as mulheres são colocadas em uma eterna condição de subalternidade. Essa construção naturalizada das relações de dominação do homem branco, rico e heterossexual é uma construção social e não natural e por isso pode e deve ser desconstruída!!!

Por isso conclamo as mulheres e homens a se indignar e realizar rupturas históricas nas rotinas cotidianas da dominação masculina e construirmos uma sociedade justa, igualitária, democrática e plural e isso só é possível com a emancipação humana o que perpassa indubitavelmente pela emancipação feminina!!!

 

"Sonhar mais um sonho impossível, lutar quando a regra é ceder..."

Saudações Feministas,

 

Andréa Pacheco*

 
*Andréa Pacheco de Mesquita - Feminista, Assistente Social, Professora da Universida Federal de Alagoas -UFAL, Doutoranda do Programa de Pós Graduação Mulher, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia -UFBA.
 
 

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 

As marcas de uma luta desigual...

 

A resistência de mulheres operárias, que enfrentaram a opressão e a dominação de uma sociedade patriarcal e desigual demarca a passagem do dia 08 de março. Em uma sociedade de classes, como o capitalismo, salta aos olhos as contradições sociais e as desigualdades entre os gêneros. Pensar na imagem da mulher é lembrar o estereótipo do sexo frágil que se limita aos afazares domésticos e os cuidados com os filhos e com o/a esposo/a (como se estas, fossem atividades sem importância na vida social).

Contudo, sabemos que há uma diferença radical entre imagem (aparência) e essência. Desenvolvemos todas as atividades citadas acima, mas, concomitante também estudamos, trabalhamos, produzimos, e participamos da luta política. O legado das mais de 100 operárias queimadas vivas dentro de uma fábrica, porque reivindicavam seus direitos trabalhistas, muito nos comoveu, mas, também, nos fez perceber o quanto éramos aguerridas, e o quanto ainda teríamos que resistir e reivindicar.

Hoje, nosso lema é resistir e avançar na luta por uma sociedade plena de igualdade e liberdade. Não somente para nós mulheres, mas, para todos os indivíduos sociais. A luta no cotidiano contra toda forma de preconceito, de segregação, de opressão. Resistindo ao conformismo que paira no ar desta sociedade cada vez mais conservadora, e alienadora. Avançando na luta política pelo reconhecimento das nossas necessidades sociais, indo na contramão de pensamentos individualistas e machistas.

A você mulher, que apesar, das contradições sociais, ousa, sonhar, lutar, resistir, vencer! Que ousa enfrentar as discriminações sexistas, machistas e alienadoras, nossa admiração. Estamos juntas na afirmação das mulheres como sujeitos políticos na busca de uma sociedade emancipada humanamente, em que homens e mulheres não sejam explorados, dominados e oprimidos.

Uma sociedade que seja pautada na igualdade, na autonomia e na liberdade real (não apenas formal) de todos, sem desigualdade de classe, etnia, gênero. Assim, celebramos a força e a resistência política das mulheres, passo fundamental para a construção de outra sociabilidade, em que as reais necessidades dos indivíduos sociais sejam a condição para o desenvolvimento.

Continuaremos na luta ...

 

 

*Alcina Lins 

Assistente Social, Conselheira do CRESS/AL - (Tiênio 2014-2017), Mestra em Serviço Serviço Social - FSSO/UFAL e Doutoranda em Serviço Social - UFPE.

 

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105 Anos de LUTA... Uni-vos!

 

São inúmeras as batalhas travadas ao longo do tempo... Desde as operárias que lutaram e morreram na fabrica têxtil em Nova Iorque até as diversas ações que denunciam a violência de gênero, mas somente em 1910 com a ideia da feminista Clara Zetkin, que o dia 08 de março foi inserido no calendário internacional como data comemorativa ao Dia da Mulher.

O nosso tempo presente se caracteriza e promove uma anticivilização pautada na lógica do capital onde tudo é transformado em mercadoria. Em uma era de naturalização da violência e suas diversas expressões que assolam nosso cotidiano.

Sabemos que mesmo com todos os avanços históricos conquistados pelas diversas lutas das mulheres e dos Movimentos Feministas pelos seus direitos, entendemos que devemos avançar ainda mais rumo a uma sociedade emancipada e libertária para todos/as!

Dissipemos todo o machismo, o conservadorismo e o fundamentalismo que tende a subalternizar os direitos das mulheres e de forma ampliada busca no cotidiano produzir e reproduzir mais e mais violência e barbárie.

A luta é de todos/as...  Acreditamos em um mundo novo, livre e emancipado onde possamos ampliar todas as nossas potencialidades humanas... E de forma coletiva construir “novos outubros”... É tempo de luta é resistência,não se desespere, nem pare de sonhar”!

 

Avante...

Lugar de MULHER é na LUTA!       

 

 

Valderi Teles*

Assistente Social, Mestrando em Serviço Social - FSSO/UFAL e Membro da Comissão de Comunicação do CRESS/AL - (Triênio 2014-2017).

 

 
 
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